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Como em qualquer aldeia, existem vários costumes e tradições que, infelizmente, tendem a cair em desuso. Através das recordações dos mais antigos, registam-se os seguintes usos e costumes:
Matança do Porco
No Inverno, era usual juntar-se a família e os amigos para a matança do porco. O animal era deitado num banco e o matador, contratado para o efeito, dava-lhe o golpe fatal. O sangue jorrava do suíno directamente para uma bacia com sal que se mexia constantemente, para não coalhar. A este preparado, acrescentavam-se fatias de pão para, depois, se prepararem as morcelas. Quando lavado e limpo era aberto e pendurado, pelas patas traseiras para perder todo o seu sangue, pois só no dia seguinte se procedia ao “desmancho” do animal. As tripas eram logo lavadas pelas mulheres para, mais tarde, se proceder à preparação dos enchidos. Depois de partido, a gordura era posta a fritar para se confeccionarem os enchidos e os tão característicos Torresmos. As Morcelas eram preparadas com as tripas de porco recheadas com o sangue embebido em pão, gordura e cebola fritas. Quando prontas, eram penduradas nas lareiras das cozinhas regionais a defumar. Os Chouriços eram confeccionados com a carne magra do porco (previamente deixada em vinho e alho), colorau, alho, vinho e água. Durante uma ou duas semanas mexe-se bem este preparado e deixa-se tomar o gosto. Passado esse tempo, enchem-se as tripas e colocam-se a defumar. As Farinheiras, por seu turno, são feitas com gordura derretida, sal, água, pão e farinha. Quando devidamente misturados, recheiam-se as tripas e deixam-se a defumar. Os Presuntos e as Orelhas do porco eram deixadas na salgadeira para serem preparadas pelo Carnaval.
Fogueiras por altura dos Santos Populares
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